terça-feira, 19 de junho de 2012

MORTIFICAR - Gil Raposo

Mortificar.
Não é necessário.

Virtuoso e santo,

Santo, santo, mas distraído nos fatos.
Na lida diária, no fisco de redenção e nas esferas.
Alguma significação? Algum lugar ti convém?

Se não há razão, o necessário é feito.

E se não der pra rever, o sacrifício é a mente
E o tempo, os dias.

Realce as rotas, revira-te em três,
Mas não te desvia à porta.
E se tens fios demais
E há farelo a catar,
O trabalho é teu.

Um outro vai explicar o que tu tendes em ti?

De Deuses, a Deus
De ti só pra ti, as faíscas, os fins.

Não é preciso morrer.
É necessário.

Virtuoso e santo,
Santo, santo, mas distraído nos atos das profundezas da mente.
E do lugar reservado.

Duvidas de ti e ti hesita a dizer?
Não é necessário, se não há razão.


Gil Raposo
é proprietário da Jet Color


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Minha bela
Mortificar

sábado, 16 de junho de 2012

SAUDADES - Ana Patrícia Reis

Eu tenho saudades de tudo, 
dos tempos de menina 
que corria e pulava sem parar.
Sinto falta de velhos amigos, 
que nunca mais vi ou que revi por apenas alguns instantes. 
tenho vontade de fugir e chorar,
de reencontrar os velhos amigos, 
os colegas, de fazer as coisas que nunca mais fiz, 
de uma dia talvez voltar a ser menina 
sem deixar de ser mulher.


Ana Patrícia Reis
é graduada em Letras pela UEMA, professora na Escola Doce Infância 
  
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DELÍRIOS - José Neto Formiga

Fogem de mim a inspiração para escrever.
Por quê?
O que eu deveria fazer para que a essência poética
inundasse meu peito, transbordando-o de sonhos,
fantasias, e desejos incessantes de expressar tamanha ciranda de alegria através das palavras?
Não, não sei.
Será que a fonte secou?
Será que não mais escreverei versos?
Será que não mais ouvirei o que diz meu coração?
Será que estou ficando louco?
Será que já sou louco?
Resta-me a morte,
Não mais terei forças para viver
Pois minha vida é de sonhos, fantasias e desejos incessantes e expressar tamanha ciranda de alegria através das palavras.
As palavras são minhas artérias.
Se me faltam, morrerei.


José Neto Formiga
é graduado em Letras pela UEMA 

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LIBERDADE E POESIA - Ana Patrícia Reis

A cada dia que passa, meus sonhos passam também.
Perco-me nos labirintos da vida onde tento achar alguém.
Entre curvas e rodadas, vejo rostos a me cercar.
Às vezes nem sei quem sou nem quem tento encontrar.
Nem tão longe nem tão perto, do final a liberdade.
Onde eu possa voar livre cruzando ares da cidade.
Mas novamente me encontro perdido, vagando triste e sozinho pelos labirintos da vida.
Meu corpo já cansado parece que vai desabar.
Lutando constantemente, tentando me encontrar.
Minha mente já perdeu o qeu tinha para lembrar.
Lembranças esquecidas, que não vão poder voltar.
Perdido me encontro, saboreando a solidão.
Morrendo de tristeza, sem alma sem coração.
Nos corredores da vida, uma alma brilha sem cessar.
Não sei se acredito se me engano, mas talvez achei que estava a procurar.


Ana Patrícia Reis
é graduada em Letras pela UEMA, professora na Escola Doce Infância

SILÊNCIO - José dos Santos Moura

No meio da noite
Bem no meio 
O céu não fala
As estrelas não trincam
No meio desse universo
Meio escuro...

No meio da noite
Vejo no alto, bem no alto
A lua em compasso a bocejar
Nessa imensidão silenciosa 


José dos Santos Moura
é autor do livros "Encanto", "Avante Balsas", e "As aventuras de Neco em busca da princesa Sara


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Silêncio

POEMAS INVENTADOS - Ana Patrícia Reis

A poesia que faço não tem rima não tem nada.
São apenas rabiscos de uma mente machucada.
Não procuram horizontes muito menos elogios.
Não precisam se aquecer, pois não sentem frio.
A poesia que faço nem sei por que faço.
São poemas exclusivos de alguém sem passo.
Não procuram gente para poder interpretá-las.
Não procuram nada e esse nada basta.

 Ana Patrícia Reis
é graduada em Letras pela UEMA, professora na Escola Doce Infância 

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sábado, 9 de junho de 2012

AINDA ESPERO - Wagner Araújo

Ainda espero a ideologia
De um amor tão firme
Que disbanaliza no obscuro
Meu senso critico de ver a vida...!

Ainda espero o mundo messiânico,
De uma só língua , um só povo
Uma só nação, um só Deus
Sem mais guerra, sem mais pânico...!

Ainda espero a justiça funcionar
Como cega imparcial na hora de pesar,
Julgando sem acepção
O homem em seu estado racional...!

Ainda espero viver a vida
Libertado das dividas,
Em paz comigo mesmo
De cabeça erguida e olhando para cima...!
Wagner Araújo
é estudante de Filosofia da UEMANeT
  
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RIMAS OCIOSAS - José Neto Formiga


Abraços expressivos de desejos
Carinhos repletos de beijos

Aceleradas batidas do coração
Roupas jogadas no chão

Transpirações excessivas
Mãos mexem-se lascivas

Boca procurando a sua
Você completamente nua

Amores de inverno
Promessas de um caso eterno

Sacudidos da cama
Prazer de quem se ama

Paixão ardente
Envolve-nos completamente

Uma noite de amor
Repleta de esplendor

Momento mágico para mim
Vou te amar até o fim





José Neto Formiga
é pós-graduando em Língua Portuguesa, com ênfase em Gramática e Literatura

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É TARDE DEMAIS - Kamyla de Abreu Oliveira

Como decifrar o amor
se às vezes só traz dor?

Quem seria capaz
de ir longe demais
para chegar ao tal ponto 
de me deixar assim:
me despertou o amor
e depois se afastou de mim

Vou avoante
Mas às vezes é apenas um sonho
e nada mais...
E até mesmo um toque vai me sufocando
e desvendando o amor
em  cada passo que dou
Meu Deus! É loucura demais...

Ah! Chega, vou colocar um ponto final.
Esse amor doentil
vai acabando, 
morrendo a cada instante,
Sabendo que você, o meu grande amor,
foi apenas uma ilusão.
Nada mais.

E agora te digo:
"É tarde demais" 

Kamyla de Abreu Oliveira
estuda na Unidade Integrada Profº Luis Rego

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